quarta-feira, 7 de junho de 2017

FINALMENTE, CHEGAMOS AQUI...

Admito que as questões filosóficas não parecem ter muita importância, ou até mesmo alguma conexão com o nosso cotidiano.
De modo geral, parece-me que as pessoas andam demasiadamente ocupadas, para se interrogarem à respeito de questões fundamentais sobre a existência.
Vivem os seus dias mergulhadas na construção de uma realidade, como se dispusessem do restante da eternidade para usufruí-la. Não se preocupam com  algumas perguntas que perseguem a humanidade desde a grande revolução cognitiva que transformou o neandertal em sapiens, dando-lhe alguns grãos de inteligência, ou de sandice. Dessa revolução surge o 'verbo', surgem as palavras, que enredarão o sapiens no mistério da vida. É desse mistério que brotam as perguntas, cujas respostas o atormentam e não o salvam do labirinto.
Qual é a natureza da realidade?
Qual o significado da existência humana? Quem são os seres humanos?
O que há de específico na mente humana? E na consciência?
Quão próximos ou distantes estamos da realidade?
E o que estamos fazendo aqui? Somos realmente livres para decidirmos nossos atos?
Qual a relação entre a linguagem e a realidade? De que modo organizamos essa abstração?
E o que é a verdade? Uma conhecida interrogação de Pilatos, de Platão, de Agostinho...
A ciência de um lado, a teologia e o esotérico de outro.
E quando lemos os astrofísicos, que nos mergulham no abismo cósmico, o nosso pobre coração acelera, porque estamos diante do infinito, existindo num minúsculo grão de areia, estupefatos diante do abismo sob nossos pés...
m.americo

Nenhum comentário:

Postar um comentário